PRANTO

Como é negro este céu! Vê como é baço!
Vê como é negra esta amplidão escura
Como é pesada a atmosfera impura
Como é tremenda a escuridão do espaço.

A natureza triste não murmura
Um som sequer, sequer o mais escasso
E no calor que sobe num mormasso
A alma da terra a luz do céu procura.

A chuva cai pesada e tristemente
Numa triste canção, canção dormente:
Que tristeza o poeta sente agora...

Quanta tristeza o poeta sente, quando
Vê no seu peito o coração chorando
Vê que, na Terra, a Natureza chora!

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