BUCÓLICA

Na face avessa desse Apocalipse
Aleluias aprestam-se ansiosas
Urdindo cânticos de apoteose
Na retomada edênica do Gênesis.

Já te vejo passeando pelos bosques
Do nosso amor, na terra prometida
Advinho teus passos nas campinas
Como quem busca um ninho, uma pousada.

Que chovam arco-íris dos teus seios
Inundando do leite colorido
Que coleia o cosmos suculento.

E quero ver-te rir cada manhã
Bolando truques, tecendo sonhos
Iluminando, assim, nossos caminhos.

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