OH, SINO!

Oh, velho sino soluçando triste
Nos teus sentidos dobres de finados
Alguma coisa de humano existe
No teu planger, nos teus sentidos brados

Eu sinto que tens alma, pois, da torre
A tua voz se espalha e logo se conhece
Se estás chorando por alguém, que morre
Ou se oras do Ângelus a prece.

Quanta tristeza tenho, quando vais
Espalhando nos ares a oração
Que tens contida nos teus tristes ais.

Na minha alma, sino, sinto então
Que as tuas badaladas são iguais
As badaladas do meu coração.

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